Dessa vez Julius Veritas vai incorporar um personagem, uma mistura de verdades e ficção, mas é sempre bom lembrar que verdade e ficção podem um dia ser sinônimas, isso sempre acontece e sempre acontecerá.

Julius tem 23 anos nasceu no norte do Brasil, sua mãe ficou grávida com 14 anos de um rapaz de 17anos. O pai dele fugiu para são Paulo quando soube da gravidez e nunca mais retornou, a mãe arrumou outro de 20 anos e o enganou dizendo que o filho era dele. Sendo assim, o rapaz registrou Julius como filho legítimo sendo enganado pela companheira, vindo a descobrir dois anos mais tarde, mas nesse tempo já tinha nascido outro filho legitimo dele, diante disso permaneceu casado ainda mais alguns anos, mesmo sabendo que não era seu filho, mas não contaram para ele, cresceu até 5 anos achando que ele era seu pai legitimo.

Quando Julius tinha aproximadamente 5 anos foi mordido por um cachorro no braço e sangrava muito, o suposto pai disse, tomara que morra esse diabo, não é meu filho mesmo. Foi assim que traumaticamente Julius descobriu que não era filho dele, foi um choque, ficou desconsolado e revoltado com a mãe que o tinha enganado.
Depois desse episódio, seguiu a vida, e sua mãe teve mais três homens, ou seja, ele teve quatro padrastos até ele ir para faculdade. A rejeição foi constante com todos os padrastos, com humilhações e espancamentos, e a mãe sempre davam razão para seus homens.

Julius cresceu sem nenhum investimento afetivo por parte de mãe e de pai, e sempre foi maltratado e rejeitado por seus padrastos. Devido sua infância difícil hoje não se interessa por ninguém, exceto pela mãe que transferiu para Ana, porém de forma distorcida e doentia. Todos fatos negativos e traumático da infância repercuto na vida atual em momentos de decisão e pressão.

Quando Julius passou no vestibular para filosofia em uma faculdade publica em outro estado, mudou-se e nunca mais voltou isso já faz três anos. No primeiro anos de faculdade entrou em depressão e perdeu o sentido da vida, tentou suicídio tomando remédios de um colega de quarto, foi socorrido a tempo.
Julius logo arrumou uma namorada e foi morar com ela, foi a primeira relação sexual dele, era virgem. A menina uma colega do curso de teatro, que desenvolveu uma relação doentia, onde a menina o tratava como filho e ele se comportava como criança.

Supostamente devido seu histórico com a mãe, Julius transferiu para namorada o afeto que não teve com a mãe, acrescido do alcoolismo de Ana, Julius desenvolveu uma ansiedade de querer salvar e tirar a namorada do vício, como se fosse tentar resgatar e salvar o afeto que nunca existiu com a figura materna.
Esse contexto piorou sua depressão, tentou novamente, tomando os remédios da amada e jogando se na piscina, foi salvo por um amigo que estava morando com eles. Foi fazer terapia para tentar se entender e encontrar sentido para esse vazio em sua vida, vazio esse que não sabia definir.
Entre a terceira e quinta sessão, tentou contato com o pai biológico, que mora atualmente em são Paulo e é dono de um bar. Isso foi em um sábado, no domingo caiu e depressão e pensou em suicídio novamente. Contudo, ligou para um amigo que impediu a execução de seu plano suicida.

Na sua última tentativa de se suicidar Julius desistiu. Disse ao psicoterapeuta:
“Eu pensei em morrer, preparei tudo para deixar de existir, coloquei todos os remédios no copo, estava cansado e acabei dormindo como uma pedra, quando acordei percebi que só queria fugir um pouco da dor da minha alma, e resolvi viver mais um pouco”.

Em suma Julius apesar de até a data da última sessão estar vivo, é um potencial suicida, necessita de além da psicoterapias tratamento psiquiátrico, pois é um potencial suicida. Não se sabe se está vivo hoje, pois desapareceu até das redes sociais, segundo psicoterapia freudiana ele tem – Depressão essencial: vazio interno de objetos internalizados, não acredita no outro, não acredita que investimento afetivo, não se interessa por ninguém.
Julius Veritas sou eu, é você. É todo mundo e é ninguém. Somos todos nós. É seu pseudônimo. É seu Avatar. Afinal! Quem nunca passou por essas situações.

Caso tenha gostado comente. Reflexões curtas e objetivas. Coloque sua experiência sobre o conteúdo. Eu assino, mas a motivação pode ser você. As referências são, a vida (minha e ou a sua), experiência (minha ou a sua) e verdade universal. Além de Freud e outros, pois sou psicólogo de linha psicanalítica.

Créditos da imagem: http://www.thinkstockphotos.com.pt/image/ilustra%C3%A7%C3%A3o-de-arquivo-suicide-fish-with-balloon-vector/469825119

Julio Cesar Silvestre